domingo, 19 de dezembro de 2010

La Gloria Cubana Inmensos

A Habanos S.A. está lançando para venda na rede La Casa del Habano uma nova vitola, os Inmensos de La Gloria Cubana.
É uma das marcas cubanas mais antigas e apreciadas nos círculos de aficionados, ainda que pouco conhecida do grande público em função de sua produção bem limitada.
Ainda que tenha sido estabelecida em 1885, a produção foi completamente interrompida no início da revolução, somente sendo retomada em 1967, na fábrica da Partagás. São charutos de construção impecável e de fortaleza média, com destaque para a série Medaille d'Or. Eu destacaria entre esses o nº 2 (Lonsdale), como um dos mais apreciados nesse formato.
Os Inmensos são fabricados no formato Sublimes (54X164mm) e vêm em bonitas caixas de 10 unidades. Ao todo, serão distribuídas apenas 5 mil caixas dessa preciosidade. Há quem diga que os fãs da marca terão mais surpresas para o XIII Festival del Habano, em fevereiro. Estamos aguardando.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Dica de viagem - charutos em Londres

Muitos já estão se programando para as férias que se aproximam. E uma preocupação frequente entre os charuteiros é onde poder comprar e degustar seus puros durante a viagem. Aliás, nos Estados Unidos, face às crescentes restrições ao tabaco, isso é uma preocupação de fato.
Por sorte, na Inglaterra as coisas ainda são mais fáceis, e quem estiver pensando em visitar a terra da Rainha tem um ponto de parada obrigatório: a Sautter of Mount Street. Fica em Mayfair, em frente ao clássico hotel Connaught.
O lugar é antológico por ter sido um dos primeiros de Londres com umidor tipo "walk-in", já que, até o fim dos anos 50, ainda era forte a tradição britânica de maturar e reduzir a umidade dos charutos antes de fumá-los.
Mas o mais interessante da Sautter, para mim, não é isso. É que a loja é especializada em charutos envelhecidos, edições limitadas e tudo o que é artigo raro no universo dos habanos.
Para citar alguns exemplos das verdadeiras jóias que se podem encontrar por lá, estão na loja desde o clássico Partagas 8-9-8, envelhecido de 1995 , o cobiçado Montecristo nº 4 RESERVA, e itens ainda mais raros como os Henry Clay petit coronas da era pré-Castro, entre muitas outras coisas.
Sem dúvida, dentre as várias tabacarias londrinas, é uma das que merecem a visita.

domingo, 5 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DAS TAÇAS

POR FERNANDO KWITKO - Especialista em vinhos e colaborador do site Amigos do Habano




Com freqüência escuto de algumas pessoas que no passado só existiam duas taças de vinho: as de tinto e as de branco. Escuto ainda que atualmente, diante da variedade de taças, as pessoas às vezes encontram dificuldade em saber qual taça serve para qual vinho, e mesmo em saber se existe necessidade de tamanha diversidade para uma mesma bebida.

É mesmo verdade que a diversidade de taças é recente. Foi o austríaco George Riedel quem deu início à produção de diversas taças, em diversos formatos e tamanhos.

A criação de taças diferentes é recente, porque é recente o conhecimento a respeito das peculiaridades específicas de cada vinho, e da conseqüente necessidade dos provadores terem à disposição uma taça que lhes proporcione retirar o máximo de cada vinho que experimentam.

Mas afinal, qual taça, para qual vinho?

De uma forma geral, pode-se dizer que os vinhos tintos necessitam de taças maiores e mais fundas do que os vinhos brancos, pela maior necessidade de contato com o ar, para a liberação de aromas. E também porque os vinhos brancos são bebidos em temperaturas menores – logo, quanto menor a taça, maior a conservação da temperatura.

Dentre as taças de tintos, as chamadas taças de “Bordeaux” são bojudas e fundas, com as bordas mais estreitas. Isso serve para possibilitar que uma boa quantidade do vinho servido tenha contato com o ar, e para encaminhar os aromas diretamente à ponta do nariz.

Já as taças de “Borgonha” costumam ser menos fundas e mais abertas. E isso serve para que os vinhos tenham um contato ainda maior com o ar – para que haja ainda maior quantidade de trocas gasosas e liberação da diversidade de aromas típicos dos vinhos da Borgonha, à base de Pinot Noir.

As taças de vinho branco são menores, pois para esses vinhos não há tanta necessidade de trocas gasosas, mas existe um preocupação maior com a manutenção da temperatura.

As melhores taças para espumantes são as altas e estreitas (chamadas “flüte” ou flauta). E isso não apenas para a manutenção da temperatura, mas também para evitar maior dissipação do gás (as borbulhas).

Existe ainda um outro tipo de taça chamada ISO, que é a taça padrão utilizada nos concursos e degustações. Trata-se de uma taça “intermediária”, ou seja, que serve para todos os vinhos. O problema é que essas taças, ao servirem para todos os vinhos, na verdade não servem a nenhum em particular. Logo, não servem para realçar as peculiaridades de cada vinho.

Ainda muito importante em relação às taças é que sejam de cristal, e não de vidro. E principalmente, que sejam totalmente transparentes, sem cor ou desenho. A análise visual – tanto quanto a olfativa e a gustativa – é de extrema relevância para uma boa degustação.

Para além disso, é só beber e aproveitar!