domingo, 13 de novembro de 2011

Enfim, as esperadas edições limitadas de 2011!

A Habanos S.A. nunca fez muita questão de seguir um cronograma para a colocação no mercado das edições limitadas e regionais apresentadas a cada ano no Festival del Habano em fevereiro. Sempre demoram, mas esse ano foi muito além da minha previsão mais pessimista. Eu mesmo, quando estive em Havana no primeiro semestre, já fui sem muita expectativa mas, ainda assim, com aquele fiozinho de esperança que move todo brasileiro. E voltei sem nada; prometiam para o início do segundo semestre. Amigos soteropolitanos que foram passar as férias de inverno na ilha também nada encontraram; a promessa então era para setembro. E, em setembro, prometiam para novembro, que finalmente chegou.
Um charuto de EL 2011 interessante é o Hoyo Short Pirámide, cujo tamanho se aproxima do de um Montecristo Open Regata.
É um charuto de bonita aparência, uma capa escura com oleosidade pronunciada bem acabada. Os dois que degustei até agora apresentaram o fluxo ligeiramente preso, mas ainda confortável. Particularmente, prefiro assim do que aberto demais.
O blend me lembra o do Hoyo Epicure Especial, com muitas notas de tostados e um pouco de amêndoa aparecendo pela metade da degustação. Nada muito complexo ou excepcional, mas um ótimo charuto, caprichado como em geral são as edições limitadas
cubanas. Claro, as autênticas (porque já tinha gente vendendo Montecristo Gran Reserva em caixas de 25 em junho por aqui, quando eles não existiam nem em Cuba. Mas isso já é outra história....)
De qualquer modo, vale a degustação.
Muitos me escrevem pedindo sugestões de harmonização. Digo sempre que sou
um apreciador interessado, mas sem os conhecimentos e a capacidade criativa de um HabanoSommelier nesse quesito. Então minhas harmonizações são bem conservadoras, como rum
cubano Añejo (funciona bem com virtualmente qualquer charuto cubano), Single Malt Whisky, conhaque e vinho do Porto. No caso desse Hoyo, fiquei numa escolha segura: Havana Club Añejo Reserva, que me agradou muito.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sabores da nossa terra

A cachaça, típica bebida nacional, vem ganhando muito destaque nos últimos anos. As destilarias estão apostando em produtos premium, envelhecidos em barris de madeiras nobres, que conferem um sabor diferenciado à tradicional bebida. Particularmente, aprecio muito as cachaças da família Weber, com 63 anos de história, provenientes do pequeno município de Ivoti, no Rio Grande do Sul, de produção muito caprichada e que vêm ganhando cada vez mais espaço pelo país.
Para os que apreciam as bebidas destiladas, a cachaça pode ser uma boa parceria ao charuto nacional e complementa muito bem o sabor mais rústico do tabaco mata-fina.
Uma parceria muito bem sucedida é a Weber-Haus Premium com o brasileiro Mocambo, charuto 100% mata-fina produzido na Bahia. Dos charutos nacionais muito bem construídos, aromático e saboroso, é uma ótima escolha para acompanhar a cachaça tanto como aperitivo como após uma refeição. Experimentem!

domingo, 25 de setembro de 2011

Essa eu queria ter escrito!

Está circulando pela web uma capa de revista "Cigar Decepcionado". Achei fantástica, de muita criatividade e bom-humor, e com manchetes bem verdadeiras. Não sei quem é o autor, mas o parabenizo por aqui, aproveitando para dividir com todos os amigos!






Sobre charutos falsos...

Que o mercado está cheio de charuto falso todos sabemos. Que a forma mais segura de se obter um Habano autêntico é indo a Cuba e comprar diretamente em uma Casa del Habano também sabemos. Mas e quando não se está em Havana, o que fazer?

Aprender a identificar produtos falsos exige boa capacidade de observação e alguma experiência. Isso porque, na maioria das vezes, os fakes estão camuflados entre outros autênticos, dificultando a sua percepção.

É muito comum você entrar em uma tabacaria, ver ali algumas caixas com o selo da Emporium (importador oficial da Habanos no Brasil), alguns dominicanos de boa procedência e, no meio deles, bingo! Eis um charuto falso.

Tem coisa que chega até a ser engraçada. Certa vez encontrei o que passei a chamar de falsificação “mediúnica”. Tratava-se de uma caixa(lacrada) de cubano datada de 2008 com um selo que só seria adotado pela Habanos S.A. dois anos mais tarde. Isso quando não inventam um charuto que jamais existiu (cuidado com as edições especiais, pessoal).São até inventivos, quando não conseguem copiar um charuto original, inventam um outro qualquer, sem parâmetro de comparação. É mais ou menos como aquele relógio da 25 de Março que vem escrito “Montblac”. Aí você pergunta “Erraram o MontBlanc?” E o vendedor responde “Não, esse é MontBlac, original”.

O fato é o seguinte: o falsificador busca ampla margem de lucro e, para isso, acaba pecando nos detalhes. É aí que devemos ter atenção.

Se tivermos acesso à caixa fechada, fica mais fácil. Estando familiarizados com as embalagens tradicionais cubanas, não é difícil encontrar o erro, na maioria das vezes grosseiro. São selos colados no lugar errado, ausência de informações no fundo da caixa, discrepâncias mo grafismo das embalagens, etc (ver exemplos abaixo).

Como, na maioria das tabacarias do Brasil, os charutos são vendidos avulsos, fica um pouco mais complicado, porque sempre podem usar uma caixa original abastecida com charuto falso.

Devemos observar o desenho e alinhamento das anilhas, saber se elas têm impressão em relevo ou não, observar o acabamento da cabeça do charuto, a uniformidade das capas, o aroma típico de tabaco cubano.



Alguns mitos:



"Esse charuto é autêntico porque veio de Cuba!

Só uma pessoa muito desinformada para acreditar nisso. Quem tenha ido a Cuba sabe que basta caminhar pelas ruas de Havana para ser abordado por pessoas oferecendo “puros, puros, tengo todos, Montecristos, Cohibas”. O fato de ser Cubano não significa nada. Nesse caso tem vários níveis de falsificação, que vão desde um charuto “artesanal”, produzido em pequena escala, com fumo cubano mas não de vuelta abajo, e embalado como um produto nobre, até coisas muito grosseiras que podem ter no miolo até folhas de bananeira que, secas, se assemelham ao tabaco. A primeira baforada revelará esse tipo de coisa.


“Pelo sabor, esse aqui é original!”

Se for um charuto que você conheça muito bem, ótimo. Se está experimentando pela primeira vez, isso pode não ser verdade. Como sabemos, certas falsificações mais “elaboradas” utilizam charutos caribenhos, desses vendidos sem anilha, “batizados” como cubanos. São até bons charutos em alguns casos, mas não o que prometem ser.


“Sempre comprei aqui, conheço a tabacaria!”

Lembrem-se da figura do atravessador. Ele é, na maioria das vezes, o maior desonesto da jogada. Se o responsável pelas compras da tabacaria não for um bom conhecedor de charutos e atento, pode acabar com mercadoria duvidosa no estoque.





Alguns cuidados importantes:


  • Desconfiar sempre de edições limitadas e regionais: São produtos de produção bem restrita, difíceis de achar por vezes até em Cuba. Será racional que uma tabacaria qualquer no interior do Brasil tenha, de repente, 4 caixas de uma edição limitada de 4 anos atrás? Pior ainda se for edição regional, daquelas que são destinadas a um país específico.


Lembrem-se de que o falsificador busca lucro. Um erro frequente deles é venderem tudo em caixas com 25, mesmo aquelas que foram distribuídas em embalagens de 10 ou 15.

Se encontrar pela frente um Trinidad salomón em linda jarra de porcelana laqueada, fuja!! É falso, nunca existiu.



ALGUNS EXEMPLOS



Um dos charutos mais falsificados do momento. À esquerda, a caixa fake. Observem o tamanho e quantidade equivocada dos desenhos quadrados. O selo "Gran Reserva" não existe no original, que vem embalado em feltro dentro de outra caixa externa.






Erro nos detalhes. A caixa à esquerda (falsa) tem desproporção no tamanho das letras e falta a inscrição referente à fabrica onde foram produzidos os charutos em Cuba.









Aqui o falsificador tentou superar-se pela criatividade. Jamais existiu uma embalagem de Cohiba com tampa de vidro. Essa aí virou até item de coleção para alguns aficionados.
















Petaca falsa à direita. Reparem a posição errada do selo da Habanos S.A. e do selo de Cuba, ambos invertidos em relação ao padrão cubano.











Adoram falsificar Cohiba Pirámides, não sei por que. Essa edição aconteceu em 2001(cx 25), 2003 (combo seleção) 2006 (cx10). Portanto, na imagem nº 1 e 4 são autênticas; 2 e 3, falsas. Não entendo por que não falsificam ao menos os anos que existem. Pra que inventar?










Imagens da revista Cigar Aficionado (www.cigaraficionado.com). Optei por não utilizar imagens de meu arquivo pessoal para não correr o risco de gerar qualquer constrangimento com algum estabelecimento. Cada um que faça seu próprio juízo.





domingo, 4 de setembro de 2011

Novas charutos 2011 da Habanos S.A.


Promete-se que devam estar chegando ao mercado internacional algumas das novas edições lançadas esse ano pela Habanos S.A. Escrevo no condicional porque, como sabemos, para a Habanos o prazo é o menos importante. Tenho um amigo soteropolitano que foi passar as férias de inverno em Cuba, esperando já trazer na mala as edições limitadas e o sonhado (por mim) Montecristo Gran Reserva, e retornou decepcionado por não ter encontrado nada
disso em Havana. Prometiam para o final de agosto...
De qualquer forma, estão chegando o Partagas Série E nº 2, no formato Duke (54X140), em caixas de 25 e também de 5 unidades. Sem dúvida, um formato excelente para fumar, que oferece grande potencial de evolução.
Outro lançamento é a edição limitada do Hoyo de Monterrey, o Short Piramide. Com tamanho 46X135, (um pouco maior que o Montecristo Open Regata) vem apenas em caixas com 10 unidades cada.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tabacaria Davidoff Moema - absoluta!

Pense em um lugar elegante, amplo e confortável onde se possa relaxar e curtir um bom charuto. Acrescente a isso uma equipe extremamente atenciosa e simpática. E ainda algo importantíssimo: um grande acervo de charutos de qualidade. Essa é a loja da Davidoff, em Moema.


O charme começa pela sua localização. Moema é, para mim, um dos bairros mais agradáveis de São Paulo, e a rua Normandia abriga uma pequena vila com inúmeras lojas de muito bom gosto. É a ala VIP do bairro.


O interior da loja consegue ser elegante sem perder a descontração. Nada que lembre esses "enlatados" que existem nos shoppings, sem personalidade alguma. Aliás, tabacaria de shopping é sempre igual, só muda o nome. Na Davidoff você está em um ambiente único, com personalidade marcante.


A equipe Davidoff só faz enaltecer as qualidades do local. Conhecem charutos sem querer ostentar esse conhecimento, e são extremamente simpáticos sem jamais causarem qualquer inconveniência. Isso é um ponto muito importante. Muitos estabelecimentos comerciais, principalmente no setor de serviços, pecam nesse quesito em duas situações: ao optarem pelo tratamento extremamente formal, que nos faz sentir como em uma audiência pública, ou ao tentarem ser tão informais que acabam excedendo o limite da intimidade e beirando à intromissão.


Na Davidoff posso assegurar que o cliente se sente muito à vontade, bem recebido, e recebe um tratamento descontraído com muita naturalidade e elegância.


Para mim é a tabacaria cujo ambiente mais se aproxima do "clima" de uma Casa del Habano autêntica, isto é, daquelas em Havana.


Evidentemente, a relação do cliente com o estabelecimento se constrói com o tempo. Toda tabacaria tem seus clientes "especiais". Até aí nenhum problema. Mas e se você não for um habitué do lugar, precisa ser tratado de forma displicente, com má vontade? Ou vai ter que freqüentar por 6 meses até receber um atendimento decente? Claro que não. Mas isso acontece em muito lugar por aí...

O bom atendimento é fazer com que qualquer cliente se sinta especial (mesmo não sendo) e confortável. Mais um ponto nota 10 para a Davidoff.


O estoque de charutos é bem grande. Evidentemente, o carro-chefe são os charutos dominicanos da bandeira Davidoff, que inclui ainda Zino, Avo, Griffins, etc, mas vendem também cubanos e nacionais em muita variedade. O umidor walk-in é amplo e impecável na conservação dos charutos.


A Davidoff é um modelo a ser seguido por quem pretende montar uma tabacaria ou para os atuais proprietários de tabacaria que não sabem por que razão seus clientes estão desaparecendo. Façam uma visita como cliente e aprendam como se faz!


E a nós, clientes, cabe apreciar essa maravilhosa tabacaria!


Um brinde à Davidoff!!




Taxa de Anilha - funciona?

Falando em serviços, creio que essa seja a oportunidade para comentar um assunto controverso: a taxa de anilha.

Taxa de anilha é o valor cobrado por algumas tabacarias com serviço de fumoir, cigar lounge ou qualquer nome que tenha o espaço destinado à degustação de charutos.

A justificativa dos lojistas para a cobrança é que a taxa de anilha estimula os clientes a comprarem seus charutos ali, inibindo-os de já os trazerem de casa.

Mas o tema merece mais atenção. Cobrar taxa de anilha não é para quem quer. É para quem pode. E quem pode não precisa. Explico a seguir:


Qualquer estabelecimento comercial deve ter seu público-alvo muito bem claro, e deve conhecer o comportamento e as preferências desse público para poder satisfazê-lo e, com isso, garantir a fidelização do cliente e o sucesso do negócio. Parece óbvio, não? Mas, incrivelmente, para alguns proprietários de tabacaria, não é. Conheço várias tabacarias pelo Brasil que não conhecem seu público e, com isso, não conseguem direcionar o negócio para atender a esse público. E vejam, uma loja de artigos populares pode ter o mesmo sucesso financeiro de uma joalheira de alto luxo; tudo é questão de contemplar os anseios de seu público-alvo.


Mas voltando ao enunciado, quem é então que pode cobrar taxa de anilha?

Imaginem um estabelecimento nos moldes de uma Casa del Habano em Cuba. Tomarei o exemplo do modelo ideal como referência. O lugar é ótimo, o atendimento é impecável e o estoque de charutos é imenso. Você entra lá fumando seu puro, senta para beber alguma coisa, conversar com seus amigos, enfim, relaxar e ter ali momentos agradáveis. Aí você percebe algum charuto interessante na estante e decide experimentar. É quase impossível entrar em uma Casa del Habano sem fumar algum charuto ou comprar algum acessório, tamanha a quantidade e variedade de itens que fazem um aficionado se sentir como criança em loja de brinquedos. Pergunto: qual a utilidade de taxa de anilha em uma tabacaria desse nível? Nenhuma, porque não faria diferença. O que eles oferecem já desperta tanto interesse do cliente que ele vai comprar alguma coisa com certeza.


Agora vamos imaginar o exemplo oposto, do modelo inadequado.

A tabacaria não tem um atendimento assim tão bom, os funcionários só tratam bem se você antes comprar alguma coisa, o estoque de charutos é limitado e o pouco que existe é de qualidade e procedência bem discutíveis mas preços altíssimos. Só tem uma coisa boa: espaço para degustação. Ótimo, aí você se reúne ali com amigos charuteiros para um happy-hour, apreciar um charuto, beber um uísque ou cerveja (normalmente oferecem serviço de bar). Depois de algumas horas descontraídas, você descobre que estão te cobrando um valor absurdo pela taxa de anilha. Resultado: você e seus amigos deixam de freqüentar.

O que falta nessa tabacaria do exemplo é uma leitura correta, por parte do estabelecimento, quanto ao que ele está oferecendo ao cliente. Falta conhecer esse cliente, o que poderia ser feito com um simples questionário a ser preenchido ou mesmo informalmente.

O primeiro diagnóstico deveria ser: por que meu cliente está trazendo seu próprio charuto em vez de comprar aqui? A arrogância de certos estabelecimentos os impede de ver o óbvio: porque os seus charutos são, além de muito caros, mal acondicionados, estão deteriorados e alguns são pra lá de falsificados. Sem falar na falta de opções, que muitas vezes limitam a escolha.

O segundo diagnóstico deveria ser: por que então, com todos esses problemas, as pessoas freqüentam minha tabacaria? Simples, porque tem lugar para fumar charuto. Ou seja, a única coisa boa que o estabelecimento oferece é o espaço para degustação com serviço de bar.

Qualquer empresário com visão perceberia isso. Mais uma vez, a questão do público alvo: se você tem um BAR com tabaco, é bobagem cobrar taxa de anilha, só irá afastar seus clientes. Eles vêm para beber, conversar e poder fumar seu charuto. É isso que deve querer um BAR: que seus clientes venham com os amigos para consumir a bebida. Ali está seu público-alvo e o interesse deles é pela bebida e pelo lugar, não pelo charuto que eventualmente você está vendendo.

Mas se deseja ser uma tabacaria realmente, então invista no gosto do cliente. O charuteiro se encanta por qualquer coisa interessante ligada ao assunto. Se a loja tiver acessórios interessantes, novos e diferentes, charutos novos, edições limitadas, variedade de estoque- climatizado,sempre - e preço justo, seus clientes vão consumir naturalmente, sem necessidade da antipática taxa de anilha.


Volto a dizer: taxa de anilha, para quem quer mas não pode, é tiro no pé. E para quem pode não faz diferença.



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Montecristo Reserva Negra



Os charutos Montecristo fabricados na República Dominicana não têm a mesma personalidade dos originais cubanos, mas ainda assim merecem apreciação, resistindo-se à tentação de comparar uns com os outros. Só o que têm em comum é o nome.
Da família dominicana, fabricados na Tabacalera de Garcia em La Romana, onde se produzem também vários outros charutos bem conhecidos no Brasil - como Don Diego - a linha Reserva Negra é a que tem maior complexidade.
São charutos com bom padrão de qualidade, consistentes como em geral o são os dominicanos. As bitolas são as clássicas, que servem a qualquer ocasião. O miolo e o capote vêm de Honduras e da Nicarágua e a capa Maduro, mexicana, vem do vale de San Andrés. O resultado é um charuto potente, que mostra uma boa convivência de sabores picantes e adocicados.

domingo, 17 de julho de 2011

Casa de Tabaco - La Flor Dominicana

Definitivamente, esse é um daqueles casos em que a embalagem supera o produto. Litto Gomez, criador da marca La Flor Dominicana, idealizou um umidor em forma de Casa de Tabaco para abrigar o novo lançamento da linha Air Bender, a série Maduro. A miniatura da estrutura utilizada para a cura do tabaco após a colheita abriga 24 charutos na bitola Guerrero (54X165). O blend da linha Air Bender é composto por tabacos dominicanos e nicaraguenses, e a capa é de origem brasileira. É um item de colecionador.

domingo, 10 de julho de 2011

A receita do Cohiba Behike

Qualquer pessoa que já tenha degustado um Cohiba Behike sabe que ele se trata de um charuto de exceção, diferenciado dos demais.
A marca Cohiba sempre foi tratada pela então Cubatabaco, hoje Habanos S.A., como a marca de seleção do tabaco cubano. Apenas os melhores torcedores são escalados para fabricar o melhor charuto com o melhor tabaco.
O Behike original, em 2006, foi uma edição especial comemorativa aos 40 anos da marca Cohiba. Na ocasião, produziram 1000 umidores, cada um com 40 charutos.
Com o sucesso dessa edição,a idéia de tornar o Behike uma linha permanente ganhou força, mas precisavam de um fato novo. Conforme já declarou o copresidente da Habanos, Jose Luis Maique, “não podemos simplesmente dizer que esse charuto é o melhor dos melhores, a seleção da seleção. Já dizemos isso do Cohiba há 40 anos. Precisamos encontrar algo novo”. E encontraram no passado o que parece ser a fórmula ideal.
Vasculhando os arquivos das fábricas, os especialistas perceberam que alguns master-blenders do passado utilizavam no miolo um tipo de folha chamada à época de Cacho Duro - hoje denominada de Medio Tiempo. Cabe lembrar que os 3 tipos de folha normalmente usados no miolo do charuto são o ligero (folhas do topo da planta, que conferem força), seco (centro da planta, aroma) e o volado (folhas da base, pela combustividade). Cacho duro, ou medio tiempo, são pequenas folhas que surgem em apenas 10 a 15% das plantas de tabaco, na parte mais superior da planta, por ocasião da última etapa de colheita.
Uma das possíveis razões para o declínio do uso desse tabaco parece ter sido justamente a dificuldade de obtenção, o que complicaria a produção em maior escala com blend consistente. Essas folhas ficaram basicamente limitadas à produção doméstica de charutos.
Voltando ao Behike, os especialistas da Habanos S.A. , na busca pelo “ algo a mais” em um charuto que apresentasse a consistência e o refinamento já consagrados dos Cohiba, mas com uma personalidade marcante, decidiram testar a incorporação de mais uma folha ao miolo, o medio tempo (ou cacho duro dos tempos pré-revolução). O resultado, após alguns anos de muita pesquisa e trabalho, é esse produto excepcional que nos apresentaram.

domingo, 3 de julho de 2011

Davidoff Edição Limitada 2011 - 100 anos

Em comemoração ao centenário da primeira loja Davidoff, inaugurada em 1911 em Genebra por Henri Davidoff, a grife está lançando um charuto comemorativo. Recém chegado com a família, vindo de Kiev, Henri estabeleceu uma loja de tabaco. Ali começaria o interesse pelo assunto de seu filho, Zino, que viria a se tornar um dos maiores especialistas do mundo em seu tempo e fundador da marca de charutos.
Sem dúvida, a ocasião merece um charuto especial. O miolo é composto por cinco diferentes tabacos dominicanos e equatorianos, maturados de cinco a nove anos. O capote é de uma variação do San Vicente, e a capa é a famosa Yamasa-Criollo, produzida na Rep. Dominicana.
Essa edição comemorativa estará disponível nos formatos Toro e Robusto, ambos em caixas de 10 charutos. Inicialmente vendida apenas em Genebra, a partir de agosto deverá chegar às lojas da rede pelo mundo.

domingo, 19 de junho de 2011

Partagas Black Label

Após a Revolução, o então proprietário da marca cubana Partagás, Ramón Cifuentes, deixou a ilha e negociou os direitos da marca com a companhia General Cigar. Passou-se, assim,a produzir charutos Partagás (não-cubanos) na Jamaica. A partir de 1979, a produção foi transferida para a República Dominicana.
A linha Black Label busca atender a um público interessado em charutos de maior corpo e bitolas largas. Os formatos são Bravo (Robusto), Maximo (Toro), Magnifico (Toro) e Piramide (Figurado), todos com miolo e capote dominicano/nicaraguense e capa connecticut broadleaf.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Joya de Nicaragua Antaño Dark Corojo

Apreciadores de puros complexos e encorpados poderão desfrutar de grandes momentos com o Joya de Nicaragua Antaño Dark Corojo.
De acabamento muito bonito, destacado pela capa oleosa de tabaco Corojo proveniente do vale Jalapa na Nicarágua, os Antaños Dark Corojos fazem justiça à fama adquirida nos últimos anos, desde seu lançamento.
A potência se justifica pelo fato do charuto ser construído com 75% de tabaco do tipo ligero (folhas do topo da planta, que recebem maior quantidade de sol, o que lhes confere maior complexidade de sabor e força).
Apesar da grande força, a textura da fumaça é bem cremosa e aveludada, mostrando aromas de grãos tostados, café e chocolate numa base apimentada.
Estão disponíveis em cinco formatos, todos em caixas de 20 unidades: Peligroso(corona), Azarosa (rothshield), Pesadilla (belicoso), Poderoso (torpedo) e Martillo (toro).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Camacho Diademas

O formato Salomón, de charutos espetaculares como o Partagás Presidente e o Cuaba Salomón, é particularmente interessante pelas possibilidades que oferece. São normalmente charutos de maior complexidade aromática e de grande evolução, favorecidos esses aspectos por seu tamanho e formato.
A marca hondurenha Camacho, hoje pertencente à Davidoff, apresenta o formato sob o nome de Diademas em suas linhas Camacho Corojo e Camacho Havana. A primeira é feita com tabaco 100% corojo de sementes cubanas, conferindo um sabor bem característico e de muito corpo. A versão Havana tem miolo e capote Corojo e capa Criollo; são charutos ligeiramente mais suaves e menos complexos.

Para aquela degustação em que tempo não é um problema, são ótimas sugestões. Além das tradicionais caixas, se podem comprar também em embalagens de 5 unidades, muito boas para presentear também.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

AVO Heritage em 4 formatos

A linha AVO Heritage foi lançada no ano passado pela marca dominicana como parte das comemorações pelo aniversário de 85 anos do pianista Avo Uvezian.
Os Heritage são provavelmente os charutos mais encorpados na linha AVO, o que pode ser facilmente explicado pelo blend de tabacos de grande estirpe que compôem o miolo: os dominicanos Piloto Seco, San Vicente e Criollo Ligeros e um híbrido Corojo/Olor. Completando, o capote dominicano San Vicente e a capa equatoriana Sumatra Broadleaf conferem grande personalidade.

Estão disponíveis em 4 formatos: Short Robusto, Robusto, Toro e Churchill.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Até breve à Premium Cigars

A Premium Cigars encerrou ontem sua atividade na Av. Paulista, após um período de 4 anos de excelentes serviços prestados a muitos clientes e amigos.

Graças à figura do Arthur Avedissian, o local tinha um ótimo astral e ali com certeza muitas amizades surgiram e se fortaleceram.

Sempre com um acervo bem amplo de charutos (dos melhores do Brasil em diversidade), tanto iniciantes quando fumadores experimentados dispunham do melhor para seus momentos de relaxamento e prazer.

Sei que falo não apenas por mim, mas por todos os (fiéis) frequentadores de uma das melhores tabacarias de São Paulo e, por consequência, do país: sentiremos muita falta.

Esperamos que, em breve o Arthur, com todo seu conhecimento sobre charutos, retorne com outro empreendimento, revigorado, onde com certeza contará mais uma vez com a presença de todos nós. Ficamos mal-acostumados, Arthur!

Por isso só posso dizer: Muito Obrigado, Arthur, e até logo!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Z-Series de Zino Platinum

A linha Zino Platinum ganha uma nova série, a Z-Series, por enquanto distribuída no mercado norte-americano.
A série tem quatro formatos: Toro, Robusto, Pirâmide e Corona, dispostos em embalagens metálicas cor de chumbo.
O novo blend desenvolvido para a série compreende um miolo de tabacos nicaraguenses e hondurenhos (japala, estelí e san vicente) e um capote peruano, envolvidos por capa dominicana. Essa combinação resulta em um charuto levemente apimentado e bem encorpado. "É o charuto de mais corpo na linha Zino Platinum", afirmou Richard Krutick, diretor da marca, "mas cada formato tem sua própria força e sabor."
São charutos muito saborosos dentro do alto padrão de qualidade característico da marca.

Locais para degustação em São Paulo - Puros Habanos



Retomando uma série de postagens sobre bons lugares para se degustar um charuto em São Paulo, minha sugestão dessa vez é a Puros Habanos, na Haddock Lobo.

Eles têm uma boa variedade de charutos nacionais e importados, inclusive algumas edições limitadas. Estive lá na semana passada e pude encontrar charutos muito interessantes, como o Trinidad short Robusto e o Saint Luis Rey Pacíficos.

Além do bom acervo, o lugar em si é extremamente agradável e bastante amplo (dos mais espaçosos em cigar lounges), tem um clima de sala de visita de nossas casas, e a equipe da Puros Habanos é extremamente simpática e atenciosa.

Trata-se de uma ótima pedida para quem estiver passando pelos Jardins e quiser aproveitar um momento de tranquilidade para degustar um bom charuto.

domingo, 24 de abril de 2011

Toscano Moro

Os charutos Toscanos possuem peculiaridades que os colocam em uma categoria à parte no universo do charuto.
São fabricados - totalmente a mão, como qualquer charuto premium - com tabaco Kentucky, o qual recebe um tratamento diferenciado após a colheita. A cura é feita a fogo: madeiras aromáticas são queimadas e o tabaco absorve parte desses aromas durante o processo. Tanto o calor quanto a fumaça aromática fazem com que o tabaco curado fique com sabor bem mais intenso. Após essa fermentação rápida, o tabaco repousa para um longo amadurecimento.
Outra característica é que os Toscanos não sofrem modelagem, o que acaba conferindo seu formato característico. São torcidos de acordo com a anatomia natural da folha de tabaco.
No caso do Moro, é um charuto de grande porte, que atinge cerca de 19mm de diâmetro no centro e 14mm na ponta, e 23cm de comprimento. A tradição sugere que sejam cortados ao meio e degustados por duas pessoas.
O Toscano Moro é 100% Kentucky, sendo o miolo cultivado na Itália e a capa de origem norteamericana. É um clássico, a ser degustado em momentos muito especiais.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Por Larrañaga Magnificos

Certos charutos se beneficiam muito do envelhecimento. Um exemplo disso são os Magníficos de Larrañaga, uma edição de 2007 lançada para o mercado britânico.
A aparência justifica o nome da edição: a capa sedosa e a anilha diferenciada chamam a atenção para esse double robusto (50X170).
O fluxo tem uma leve resistência, o ideal para uma degustação sem pressa e sem esforço. Sendo um charuto de média força, começa mostrando aromas de couro numa textura muito aveludada, e evolui para aromas amendoados, mantendo a textura cremosa por toda a degustação. Talvez falte um pouco de complexidade aromática para que seja realmente magnífico, mas ainda assim é um charuto excelente.
Infelizmente não é um charuto fácil de conseguir, por ser uma edição de 4 anos atrás e ainda restrita ao Reino Unido, mas que tiver oportunidade não deveria desperdiçar.

Sicilianess traz vinhos, azeites, acetos balsâmicos e o melhor sommelier do mundo

A italiana Sicilianess traz ao seu espaço no ExpoVinis Brasil Luca Gardini, eleito o melhor sommelier de 2010 pela Worldwide Sommelier Association. Luca apresentará vinhos como o Le Marchesine Secolo Novo 2005, eleito o melhor bollicine da Itália pelo guia Gambero Rosso 2011, e o Brut 2004, premiado com o 3 bicchieri em 2010.
Rosario Farina, da italiana Azienta Agricola Geraci, também estará no espaço da Sicilianess falando sobre os famosos vinhos Tarucco, feitos com uvas autóctones. Os acetos balsâmicos e vinhos regionais Manicardi e os azeites gourmet da também italiana Barbera completam as novidades da Sicilianess.
O ExpoVinis acontece na próxima semana, entre os dias 26 e 28 de abril, no Expo Center Norte.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Brandy Casa Valduga 20 anos

A renomada vinícola do município de Bento Gonçalves, no Vale dos Vinhedos (RS) é altamente reconhecida por seus espumantes de nível internacional.
Mas quem aprecia um bom conhaque para harmonizar a degustação de um charuto deve conhecer esse Casa Valduga Gran Reserva 20 anos, elaborado a partir de seleção de uvas Trebbiano. Trata-se de um produto de altíssimo nível, padrão internacional. Leve, de paladar macio e com leve sabor amendoado, é uma excelente opção para acompanhar charutos de médio corpo, como o Trinidad Robusto Extra ou o brasileiro Mocambo Corona Gorda 100% mata-fina.
Não obstante a excepcional qualidade da bebida, a apresentação é igualmente impecável, primando pela elegância e bom gosto. Não deixem de conferir.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Conde de Villanueva - Hostal del Habano

Em Havana Velha, o centro histórico da capital cubana, encontra-se um lugar absolutamente emblemático para o charuteiro. Trata-se do hotel Conde de Villanueva. O ambiente do local respira a aromática fumaça dos habanos. Embora se possa fumar em todos os hotéis de Havana e alguns deles têm ótimas Casas del Habano, no Conde o charuto tem um destaque especial, o que já se constata na placa ao entrar: Hostal del Habano.
É um hotel pequeno - são apenas 9 apartamentos - e sossegado. Passando pelo lobby, há um jardim onde, por uma pequena escadaria, se chega ao coração do Conde: sua Casa del Habano.
É um espaço com três ambientes: a loja propriamente, e duas salas de fumadores. Em uma delas, há uma série de lockers, onde os clientes cativos podem armazenar seus charutos, de modo que estarão sempre prontos a serem desfrutados em momentos de puro relaxamento.
O encanto dessa Casa del Habano não está na beleza da decoração ou na elegância, mas no clima.
No Conde, os vendedores são eles próprios fumadores, e com grande conhecimento e sensibilidade no assunto. Durante uma visita à Casa, após algum tempo de uma ótima conversa, algumas doses de ron anejo e muitas baforadas, me oferecem um charuto torcido na casa cujo blend estava sendo testado. Muito saboroso e de boa complexidade, fiquei realmente surpreso pela qualidade. "Mas ainda estamos trabalhando nele", diz o Chino. Eles têm blends próprios e imitam blends de charutos conhecidos também.
Para quem procura atendimento de alta qualidade porém discreto, não faz questão de spa, fitness centre,quadras esportivas ou de não sei quantos restaurantes para o jantar, o Conde pode ser uma ótima pedida para uma curta temporada em Havana.

Umidor Zino Platinum em laca

Para os que gostam de acessórios diferenciados, o Umidor Cavern GM da grife Zino, com capacidade para 30 charutos, é uma peça muito interessante.
O visual é impecável, um dos mais bonitos umidores que já vi. Segundo o fabricante, são 15 camadas de laca que compôem o acabamento - feito a mão. Internamente, além da bandeja superior, há um compartimento metálico para
acessórios como cortadores, fósforos e isqueiros.
Apesar do design inusitado, em formato oval, o umidor é bem estável sobre a base robusta que o acompanha. Sem dúvida é muito mais que uma caixa umidora; é uma peça decorativa de muito bom gosto. Aliás, esse refinamento é uma marca registrada da grife.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cohiba Behike X H. Upmann n.2

Ontem, após um jantar com amigos na minha querida Salvador, degustando um saboroso charuto, um amigo - sabendo que eu estivera recentemente em Havana - me perguntou se eu havia provado o H. Upmann N2. Não sendo o maior aficionado pela marca, respondi que os únicos Upmanns que havia degustado eram o Monarca e o Magnum 50. Mas por que o interesse justo no H.Upmann n.2, perguntei.

"Mas ele está na lista dos top 10 do ano da Cigar Aficionado", disse ele.

É verdade, eu não me lembrava disso. Mas ficamos debatendo o assunto. Afinal, o que terá de tão especial esse H.Upmann para figurar entre os 10 mais? Ainda mais em um ano que teve edições limitadas tão boas, será que não encontraram algum outro charuto cubano superior a esse? Não que seja um charuto ruim - ao contrário, é um ótimo puro, consistente como em geral são os H. Upmann - mas  considerando todo o ano de 2010, fica difícil de entender. 

Já o primeiro lugar do Cohiba Behike é facilmente explicado e entendido, pois se trata de um charuto realmente diferenciado, de construção impecável e muito saboroso. Mas o H. Upmann...

La Gloria Cubana Médaille d'Or n.1

La Gloria Cubana é uma daquelas marcas que mora no coração de muitos aficionados. Com o lançamento dos Inmensos - um excelente charuto, a propósito - a marca vendeu muito nas Casas del Habano em 2010.
Mas eu gostaria de lembrar de um clássico de La Gloria que é o Médaille d'Or n.1. Apesar de seu calibre pequeno (Ring 36X185mm), é um charuto de fluxo e queima bem corretos. De visual muito elegante, tem aromas bem equilibrados, com presença marcante de mel e cedro e uma textura muito aveludada.
Clássicos não saem de moda e, no caso específico, também não do umidor.




Cinco anos do AMADO

É com muita alegria que faço esse registro: nosso amigo Edinho Engel está comemorando os cinco primeiros anos de um grande sucesso, o seu restaurante Amado, em Salvador, com dois magníficos jantares. Serão eventos a quatro-mãos, com grandes convidados. Um nesse dia 24, com os chefs Erick Jacquin e Jefferson Rueda, e o segundo no próximo dia 4, sob as mãos de Claude Troisgros e Roberta Sudbrack.
Como frequentador desde o início, posso afirmar que uma de tantas razões para esse sucesso está na personalidade do local, que tem a alma de seu grande chef. O menu é único, onde a criatividade de Edinho produz obras de arte com ingredientes tipicamente locais. O atendimento, extremamente afável, faz com que até quem visita o restaurante pela primeira vez se sinta como um habitué. E tudo isso com a esplendorosa vista da Baía de todos os Santos e Ilha de Itaparica.
Parabéns, Edinho!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dois charutos que valem a pena

Olá, amigos!
Edições limitadas de habanos sempre merecem atenção. Mas depois de alguns anos de seu lançamento, se ainda pudermos encontrá-las, podem ser verdadeiras jóias.

É o caso de duas edições limitadas, ambas de 2007, que ainda tive a sorte de encontrar em Havana.
A primeira que gostaria de destacar é a do Trinidad Ingenios EL 2007. Uma bitola cervantes, começa por ser um charuto extremamente elegante. A capa maduro é impecável, e o aroma a cru é delicioso. No início, o charuto mostra aromas amadeirados e apimentados, que evoluem bem. Mas é no último terço que ele realmente mostra algo a mais, um sabor amendoado, com notas de marzipan, simplesmente delicioso.
A outra edição que merece registro é do Romeo y Julieta, os Escudos LE 2007. Um grand robusto, é um charuto bem imponente. Em termos de construção tem queima e fluxo perfeitos. E os aromas surpreendem, sendo mais complexos do que o típico floral de RyJ. É um charuto com mais corpo, fumaça densa, com presença marcante de cacau a partir da metade, e um aroma adocicado que a capa maduro proporciona.
São dois charutos altamente recomendáveis que, depois de 3 anos de seu lançamento, parecem ter atingido o ponto ideal.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CHARUTO E GASTRONOMIA

POR LUCIANO DALL'ALBA - RESTAURATEUR

A ligação do charuto com a alta gastronomia é notória. O número de gourmets e chefs de cozinha aficionados por charutos é grande. Não é à toa que os puros se fazem presentes nos encontros de várias das mais tradicionais confrarias gastronômicas do mundo.

Muitos restaurantes contam em sua equipe com um epicuresommelier, que é o profissional habilitado a orientar o cliente na harmonização entre o charuto e a bebida para a degustação. Considerando, naturalmente, que a bebida em um jantar está em sintonia com o(s) prato(s) da refeição, o que se busca, em suma, é uma harmonia completa entre a comida, a bebida em questão e o charuto a ser escolhido.

Uma refeição é harmônica quando os sabores, os ingredientes do prato, atuam de forma complementar na estimulação de nossas papilas gustativas e receptores olfativos, já que a percepção de sabor é uma ação conjunta de paladar e olfato.

Como em uma música, esses estímulos podem cantar no mesmo tom ou serem dissonantes. Há sabores que combinam; outros que não. Um prato equilibrado, harmônico, permite que cada ingrediente destaque e valorize o outro, sem sobreposição, proporcionando uma degustação perfeita. É uma sinfonia gustativa. No caminho inverso, a desarmonia faz com que certos sabores simplesmente desapareçam do conjunto ou percam completamente o brilho. E isso vale igualmente para a relação do vinho com o prato ou com o charuto. Eles precisam estar afinados.


Obviamente que nossa percepção gustativa muda conforme a ocasião - hora do dia, tipo de refeição, tempo de degustação. Um Ramón Allones gigantes será sempre um ótimo charuto, mas certamente suas notas de sabor serão melhor apreciadas ao fim de um bom jantar do que de forma casual, pela manhã, antes de uma partida de tênis - embora isso possa ser questão de gosto. Ainda assim, é importante considerar o contexto ao escolher o mais adequado para aquele momento.


Também em comum entre a mesa e o charuto está o ritual que envolve ambos.

Um banquete jamais será servido com pressa, no intervalo de um dia intenso de trabalho. É um evento que deve ser apreciado em cada um de seus momentos, da entrada à sobremesa ao gran finale - para os que apreciam - o charuto. Esse também envolve um ritual. Charutos não se fumam rapidamente no caminho de casa para o escritório. Degustar um charuto é um momento de extremo relaxamento e prazer, quer seja coroando uma grande refeição ou como parceiro de uma boa conversa entre amigos ao fim do dia. E deve ser degustado com calma para que seja devidamente apreciado.


Portanto, charuto e boa gastronomia são parceiros perfeitos e complementares para aqueles que apreciam os maiores prazeres que o paladar nos pode proporcionar!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Novidades do XIII Festival del Habano

O lançamento mais imponente dessa edição do Festival del Habano promete ser o Montecristo n.2 Gran Reserva, safra 2005. A série terá uma produção limitada em 5000 caixas.
Outras novidades importantes são os novos Partagas. A série D ganha mais um membro, o D5 e uma nova série está sendo lançada, a Serie E, tendo como primeiro membro o E2.
Além desses, também a marca H. Upmann traz uma nova vitola, o H. Upmann Half Corona, que deve atrair aos que dispõem de pouco tempo para uma degustação.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Direto de Havana

Amigos charuteiros!
Em virtude de minha ida a Havana, as postagens diminuirão nas próximas semanas. Algum material será publicado por colaboradores diretos e, dentro do possível, tentarei postar alguma novidade diretamente.
De qualquer forma, estarei colhendo material para futuras publicações.
Até a volta!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

XIII Festival do Habano

Já começou a contagem regressiva para o XIII Festival do Habano, que terá início em menos de 10 dias, em 21 de fevereiro, quando Cuba será novamente o cenário para o maior encontro de amantes de charutos do mundo. Esse ano, o Festival estará homenageando as marcas Montecristo, Partagas e H. Upmann.
Os participantes poderão, além de outras atividades,como o concurso Habanosommelier, degustações, feira comercial, conhecer antecipadamente as novas vitolas que a Habanos S.A. irá lançar no mercado no decorrer do ano de 2011. O evento promete.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Nova vitola de Romeo y Julieta


A marca Romeo y Julieta lançou no mercado uma nova vitola, chamada simplesmente de Julieta.
Criada como uma homenagem ao público feminino, que é tão presente no universo do habano. Aliás, com muito destaque nas fábricas de tabaco, onde chegam a ser predominantes em relação aos homens.
Os Julieta são aromáticos e de ótima queima, e uma vitola de calibre pequeno e tamanho médio (33X120). Com essas
características, têm tudo para ser uma ótima experiência de degustação.
A petaca em que são vendidas também chama a atenção. Construída em alumínio, e mantendo as cores e o logo tradicional da marca, porém com bordas arredondadas e um desenho moderno, é bonita e também muito prática para transportar.
Além da petaca, também a anilha recebeu um desenho especial para essa edição.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Davidoff Maduro

A linha Davidoff por muito tempo esteve distante dos tabacos "maduro". Em função da exposição solar durante cultivo e do tipo de fermentação, é um tabaco que pode variar muito em sabor, indo de aromas mais intensos até o adocicado.
Foi somente em 2008 que a grife lançou o primeiro charuto com esse maravilhoso tabaco, o Davidoff Maduro R (robusto). Depois vieram o Robusto C (corona) e, no final do ano passado, a linha ganhou o formato Toro (150X48).
O miolo é predominente de olor dominicano envolto por capote de San Vicente e finalizado por capa proveniente da Nicarágua. A linha Davidoff Maduro é bem equilibrada, mas pode-se perceber claramente um retrogosto de cedro e café muito agradáveis.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

COPA Airlines patrocina o XIII Festival do Habano

Para os que pretendem comparecer ao festival do Habano, em fevereiro, mas deixaram para a última hora, uma boa notícia.

A companhia aérea Copa Airlines, transportadora oficial do XIII Festival do Habano, oferece a todos os participantes que fizerem reservas nas lojas da empresa um desconto especial na tarifa para os 45 destinos das Américas.

Para garantir o desconto, o passageiro deve apresentar a confirmação de inscrição no festival.

Apressem-se, pois como a Copa costuma ter boas tarifas para os EUA, normalmente o trecho SP-Panamá é o mais difícil para confirmar.



quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cohiba Behike escolhido o charuto do ano 2010

A conceituada revista Cigar Aficionado divulgou hoje a lista dos 25 melhores charutos avaliados pela publicação no ano de 2010. No topo da lista, o já previsto Cohiba Behike, no calibre 52.
Esses charutos, lançados no Festival do Habano, conseguiu um feito raro até então: ser aclamado pela crítica e ao mesmo tempo um grande sucesso comercial.
O Cohiba Behike original, de 2006, foi algo inacessível à maioria dos aficionados, já que foram lançados apenas 4000 unidades, a um preço de cerca de US$ 400,00 cada. Uma produção bem menor do que os 150.000 de 2010.
Os Behike têm no miolo uma folha de tabaco medio tiempo, que são um tipo de folha que cresce no topo de algumas plantas de tabaco (não em todas) e recebem iluminação solar direta. O resultado é um blend muito característico, equilibrado tanto com charutos jovens ou (prometem) com exemplares envelhecidos nos umidores.