sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Tabacaria Davidoff Moema - absoluta!

Pense em um lugar elegante, amplo e confortável onde se possa relaxar e curtir um bom charuto. Acrescente a isso uma equipe extremamente atenciosa e simpática. E ainda algo importantíssimo: um grande acervo de charutos de qualidade. Essa é a loja da Davidoff, em Moema.


O charme começa pela sua localização. Moema é, para mim, um dos bairros mais agradáveis de São Paulo, e a rua Normandia abriga uma pequena vila com inúmeras lojas de muito bom gosto. É a ala VIP do bairro.


O interior da loja consegue ser elegante sem perder a descontração. Nada que lembre esses "enlatados" que existem nos shoppings, sem personalidade alguma. Aliás, tabacaria de shopping é sempre igual, só muda o nome. Na Davidoff você está em um ambiente único, com personalidade marcante.


A equipe Davidoff só faz enaltecer as qualidades do local. Conhecem charutos sem querer ostentar esse conhecimento, e são extremamente simpáticos sem jamais causarem qualquer inconveniência. Isso é um ponto muito importante. Muitos estabelecimentos comerciais, principalmente no setor de serviços, pecam nesse quesito em duas situações: ao optarem pelo tratamento extremamente formal, que nos faz sentir como em uma audiência pública, ou ao tentarem ser tão informais que acabam excedendo o limite da intimidade e beirando à intromissão.


Na Davidoff posso assegurar que o cliente se sente muito à vontade, bem recebido, e recebe um tratamento descontraído com muita naturalidade e elegância.


Para mim é a tabacaria cujo ambiente mais se aproxima do "clima" de uma Casa del Habano autêntica, isto é, daquelas em Havana.


Evidentemente, a relação do cliente com o estabelecimento se constrói com o tempo. Toda tabacaria tem seus clientes "especiais". Até aí nenhum problema. Mas e se você não for um habitué do lugar, precisa ser tratado de forma displicente, com má vontade? Ou vai ter que freqüentar por 6 meses até receber um atendimento decente? Claro que não. Mas isso acontece em muito lugar por aí...

O bom atendimento é fazer com que qualquer cliente se sinta especial (mesmo não sendo) e confortável. Mais um ponto nota 10 para a Davidoff.


O estoque de charutos é bem grande. Evidentemente, o carro-chefe são os charutos dominicanos da bandeira Davidoff, que inclui ainda Zino, Avo, Griffins, etc, mas vendem também cubanos e nacionais em muita variedade. O umidor walk-in é amplo e impecável na conservação dos charutos.


A Davidoff é um modelo a ser seguido por quem pretende montar uma tabacaria ou para os atuais proprietários de tabacaria que não sabem por que razão seus clientes estão desaparecendo. Façam uma visita como cliente e aprendam como se faz!


E a nós, clientes, cabe apreciar essa maravilhosa tabacaria!


Um brinde à Davidoff!!




Taxa de Anilha - funciona?

Falando em serviços, creio que essa seja a oportunidade para comentar um assunto controverso: a taxa de anilha.

Taxa de anilha é o valor cobrado por algumas tabacarias com serviço de fumoir, cigar lounge ou qualquer nome que tenha o espaço destinado à degustação de charutos.

A justificativa dos lojistas para a cobrança é que a taxa de anilha estimula os clientes a comprarem seus charutos ali, inibindo-os de já os trazerem de casa.

Mas o tema merece mais atenção. Cobrar taxa de anilha não é para quem quer. É para quem pode. E quem pode não precisa. Explico a seguir:


Qualquer estabelecimento comercial deve ter seu público-alvo muito bem claro, e deve conhecer o comportamento e as preferências desse público para poder satisfazê-lo e, com isso, garantir a fidelização do cliente e o sucesso do negócio. Parece óbvio, não? Mas, incrivelmente, para alguns proprietários de tabacaria, não é. Conheço várias tabacarias pelo Brasil que não conhecem seu público e, com isso, não conseguem direcionar o negócio para atender a esse público. E vejam, uma loja de artigos populares pode ter o mesmo sucesso financeiro de uma joalheira de alto luxo; tudo é questão de contemplar os anseios de seu público-alvo.


Mas voltando ao enunciado, quem é então que pode cobrar taxa de anilha?

Imaginem um estabelecimento nos moldes de uma Casa del Habano em Cuba. Tomarei o exemplo do modelo ideal como referência. O lugar é ótimo, o atendimento é impecável e o estoque de charutos é imenso. Você entra lá fumando seu puro, senta para beber alguma coisa, conversar com seus amigos, enfim, relaxar e ter ali momentos agradáveis. Aí você percebe algum charuto interessante na estante e decide experimentar. É quase impossível entrar em uma Casa del Habano sem fumar algum charuto ou comprar algum acessório, tamanha a quantidade e variedade de itens que fazem um aficionado se sentir como criança em loja de brinquedos. Pergunto: qual a utilidade de taxa de anilha em uma tabacaria desse nível? Nenhuma, porque não faria diferença. O que eles oferecem já desperta tanto interesse do cliente que ele vai comprar alguma coisa com certeza.


Agora vamos imaginar o exemplo oposto, do modelo inadequado.

A tabacaria não tem um atendimento assim tão bom, os funcionários só tratam bem se você antes comprar alguma coisa, o estoque de charutos é limitado e o pouco que existe é de qualidade e procedência bem discutíveis mas preços altíssimos. Só tem uma coisa boa: espaço para degustação. Ótimo, aí você se reúne ali com amigos charuteiros para um happy-hour, apreciar um charuto, beber um uísque ou cerveja (normalmente oferecem serviço de bar). Depois de algumas horas descontraídas, você descobre que estão te cobrando um valor absurdo pela taxa de anilha. Resultado: você e seus amigos deixam de freqüentar.

O que falta nessa tabacaria do exemplo é uma leitura correta, por parte do estabelecimento, quanto ao que ele está oferecendo ao cliente. Falta conhecer esse cliente, o que poderia ser feito com um simples questionário a ser preenchido ou mesmo informalmente.

O primeiro diagnóstico deveria ser: por que meu cliente está trazendo seu próprio charuto em vez de comprar aqui? A arrogância de certos estabelecimentos os impede de ver o óbvio: porque os seus charutos são, além de muito caros, mal acondicionados, estão deteriorados e alguns são pra lá de falsificados. Sem falar na falta de opções, que muitas vezes limitam a escolha.

O segundo diagnóstico deveria ser: por que então, com todos esses problemas, as pessoas freqüentam minha tabacaria? Simples, porque tem lugar para fumar charuto. Ou seja, a única coisa boa que o estabelecimento oferece é o espaço para degustação com serviço de bar.

Qualquer empresário com visão perceberia isso. Mais uma vez, a questão do público alvo: se você tem um BAR com tabaco, é bobagem cobrar taxa de anilha, só irá afastar seus clientes. Eles vêm para beber, conversar e poder fumar seu charuto. É isso que deve querer um BAR: que seus clientes venham com os amigos para consumir a bebida. Ali está seu público-alvo e o interesse deles é pela bebida e pelo lugar, não pelo charuto que eventualmente você está vendendo.

Mas se deseja ser uma tabacaria realmente, então invista no gosto do cliente. O charuteiro se encanta por qualquer coisa interessante ligada ao assunto. Se a loja tiver acessórios interessantes, novos e diferentes, charutos novos, edições limitadas, variedade de estoque- climatizado,sempre - e preço justo, seus clientes vão consumir naturalmente, sem necessidade da antipática taxa de anilha.


Volto a dizer: taxa de anilha, para quem quer mas não pode, é tiro no pé. E para quem pode não faz diferença.



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Montecristo Reserva Negra



Os charutos Montecristo fabricados na República Dominicana não têm a mesma personalidade dos originais cubanos, mas ainda assim merecem apreciação, resistindo-se à tentação de comparar uns com os outros. Só o que têm em comum é o nome.
Da família dominicana, fabricados na Tabacalera de Garcia em La Romana, onde se produzem também vários outros charutos bem conhecidos no Brasil - como Don Diego - a linha Reserva Negra é a que tem maior complexidade.
São charutos com bom padrão de qualidade, consistentes como em geral o são os dominicanos. As bitolas são as clássicas, que servem a qualquer ocasião. O miolo e o capote vêm de Honduras e da Nicarágua e a capa Maduro, mexicana, vem do vale de San Andrés. O resultado é um charuto potente, que mostra uma boa convivência de sabores picantes e adocicados.